quarta-feira, 25 de abril de 2012

Visão




Certa manhã, levantei-me tarde e fui para a aula às pressas. E, quando caminhava para a escola, olhei ao redor e vi tudo esfumaçado. O azul do céu e o verde das ásvores pareciam estar cobertos por um véu cinza. O rosto do professor e o dos alunos tinha ar sombrio. Indaguei: “O que o mundo tem hoje que está assim?” Não pude descobrir o porquê até a hora do culto, quando me sentei, peguei o hinário e comecei a folheá-lo. Porém, as letras embaralharam-se. Mais por hábito do que por conscientemente, limpei os óculos.
Quando os coloquei, vi que o mundo estava dentro dos eixos; eu é que estava fora dos meus! Então, minha mente sugeriu-me coisas que eu deveria reservar para sempre. Quantas coisas que você reputa serem obras do mundo são suas próprias criações? Quantos defeitos você coloca em outros são os seus próprios defeitos? Quantas coisas esquisitas aqui e acolá não são sua própria invenção?
Precisamos limpar os óculos da consciência, tirar a sujeira das lentes da visão espiritual e somente então avaliar as coisas. Meditando em silêncio, prometi ser mais sábio. Resolvi praticar a orientação do Mestre, remédio para aqueles que pensam que são bons de mais e consideram os outros cheios de defeitos: “Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão”(Mt 7.5).
Autor desconhecido

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